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quinta-feira, 8 de agosto de 2013

SÍNDROME DO PIRIFORME E DOR CIÁTICA

SÍNDROME DO PIRIFORME E DOR CIÁTICA




      A Síndrome do Piriforme é uma irritação do nervo ciático devido à sua compressão pelo músculo piriforme na sua saída da pelve para a região glútea.    O nervo ciático passa debaixo do piriforme, mas em algumas pessoas ele passa através dele, aumentando a probabilidade para ocorrer a síndrome. Se esse músculo sofrer uma tensão, espasmo, encurtamento ou hipertrofia, o nervo ciático poderá ser comprometido. Entretanto, deve-se ficar alerta para o fato de que o desequilíbrio pélvico pode ser responsável por um desequilíbrio entre os rotadores internos e externos.
      O piriforme é um pequeno e profundo músculo em forma de pera que se origina na superfície pélvica do sacro (porção final da coluna) e conecta-se no trocânter maior do fêmur (osso da coxa). Sua principal função é promover a rotação externa da coxa ou mover a mesma lateralmente, função estas, realizadas com o auxílio de outros cinco músculos localizados na parte profunda do quadril, sob os glúteos. São os músculos rotadores.
         O nervo ciático é o maior nervo do corpo, emerge da pelve em direção à região posterior da coxa e passa por entre esses músculos rotadores. A síndrome do piriforme causa dor profunda na superfície posterior do quadril e nádega, dormência e formigamento em direção às pernas e lombalgia.
          O paciente pode apresentar aumento da dor ao caminhar, correr, aos movimentos de rotação lateral do quadril, durante os movimentos de sentar e levantar, ao ficar em pé.
      É comum em esportes que envolvem corrida, mudança de direção ou descarga de peso excessiva. Corrida em terrenos duros ou irregulares, subir escadas, atividades que exijam muito agachamento e uso de calçados inapropriados para o tipo de pisada ou gastos demais também podem auxiliar no desenvolvimento da dor. O excesso de exercícios que enfocam os glúteos conduz a um aumento rápido e exagerado dos glúteos podendo causar compressão do nervo ciático e inflamação (neurite).
          Ficar sentado por longos períodos, principalmente com a coxa em rotação externa diminui o fluxo sanguíneo para a região do músculo e altera a fisiologia do piriforme (e dos músculos próximos a ele também) provocando o encurtamento. A falta de alongamento irá contribuir para que a musculatura envolvida tencione ainda mais e piore os sintomas.
         O tratamento pode abranger medicamentos analgésicos, anti-inflamatórios e relaxantes musculares sob prescrição médica, injeção local de anestésicos e corticosteroides, repouso, cirurgias nos casos mais graves e sem melhora com tratamento clínico por período prolongado. A prevenção pode ser feita através de um programa de exercícios individualizados que envolvem, sobretudo, alongamentos dos músculos glúteos, rotadores internos e externos do quadril; mobilização de quadril e membros inferiores.
      Já a ação de um bom condicionamento físico bem orientado com a função de desenvolver a capacidade motora com exercícios educativos será um bom auxiliar no tratamento desta síndrome, trata-se de uma reabilitação com o objetivo de permitir o retorno ao esporte e as atividades da vida diária de forma segura e efetiva. São focados os movimentos, força e flexibilidade dos membros inferiores, exercícios de transferências e que simulam o caminhar, o trote, a corrida, mudanças de direções e saltos; sempre adaptados à individualidade do indivíduo, objetivo, e no caso de atletas e esportistas, à especificidade da modalidade.


Léo Bargom

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